Saímos de Nikšic para a costa, atravessando uma parte das montanhas (e deixando os impressionantes lagos à saída da cidade).
| Lagos artificiais a saída de Niksic e os novos amigos do Pedro |
Depois de pensarmos sobre a forma de nos deslocarmos por Montenegro, decidimos alugar um carro. Não que não houvessem autocarros (até há bastantes) ou comboios (com pouca cobertura e muito poucos horários). Mas iríamos demorar muito mais tempo e não teríamos hipótese de explorar locais onde os transportes não chegam. Claro que demoramos muito mais tempo a chegar a Kotor do que o que o google maps previu...
Saímos várias vezes do percurso. Uma delas para fazermos um pequeno passeio a pé, do sopé da montanha até um vale, onde se concentram pequenos locais com casas bastante dispersas. A paisagem é composta somente por calcários (o Pedro versão geólogo passou o tempo a falar em dobras “assim e assado”!). A vegetação está seca do frio do inverno, quase como ardidas, com o topo das montanhas cobertas de neve.
O que nos choca, é o lixo. Não há ainda hábitos nem de reciclagem (até nos doi a alma sempre que temos de deitar para o lixo normal vidro ou plástico tudo junto), nem grande consciência ambiental no geral. Na beira da estrada várias vezes se veêm sacos do lixo despejados sem pudor, roupa velha, mobiliário e até animais mortos. É uma pena...mas pensando no que acontecia em Portugal 30 anos atrás, talvez não fosse asssim tão diferente.
As casas nos vales estão cuidadas mas também parecem algo abandonadas. Como se as pessoas tivessem desistido de ali viver permanentemente e foram tentar a sua sorte noutro local. Talvez venham nas férias. Algo também bastante similar ao que se passou em Portugal em tempos.
Ficámos com pena de não encontrar alguém com quem pudéssemos conversar para perceber melhor o que se passa por ali.
As estradas principais são boas e recentes. Mas atenção às estradas não marcadas. Sabe-se lá onde vão parar...rapidamente nos confrontamos com o desconhecido. Não há placas. Não há informação ou “viva-alma” (pelo menos nesta altura do ano), para pedir indicações. Facilmente se passam fronteiras e nem se percebe como...
By Silvia


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