sábado, 10 de fevereiro de 2018

Diz que as montanhas são selvagens e os “pivos” são fortes!

Estamos em Montenegro!!


A nossa passagem por Podgorica foi o mais rápida possível. Confirmou-se o que nos disseram. É uma cidade que vestiu o véu do capitalismo com toda a sua convicção (o Pedro não partilha da mesma opinião que eu). Para eles, parece que a modernidade são os centros comerciais. As mulheres são especialmente cuidadosas com a aparência e deixam um rasto de perfume forte à sua passagem...capaz de sufocar os mais preparados.
Almoçamos num restaurante recomendado por uma Montenegrina. Lilia estava sentada ao meu lado no avião de Charleroi para Podgorica, quando reparou que eu estava a tirar notas de um guia sobre Montenegro e resolveu dar uma ajuda. Entre o meu francês arcaico e o inglês básico dela, falamos um pouco. Depois de lhe dizer que queríamos fazer uma caminhada nas montanhas, disse-me com um ar preocupado: “c'est sauvage!!!”. “Vou-te dar o meu número de telefone para se tiverem algum problema. Mas tenham cuidado!!”
Primeira impressão pela experiência com esta montenegrina de gema, emigrada 9 anos em Bruxelas, é que são simpáticos e empáticos.
Então, como tínhamos reservado carro no aeroporto, por sugestão do Pedro, oferecemos-lhe boleia, pela simpatia. Mostrou nos onde podíamos comprar comida local ou comer bem (ia morrendo logo com uma artéria bloqueada com tanta carne gorda! Mas havia alternativas vegetarianas igualmente gordas para o Pedro :)).

Dissemos depois do almoço adeus a Podgorica (sem grande mágoa) e seguimos para Noroeste, em direção ao mosteiro de Ostrog. Chegamos a tempo da missa das 6 da tarde. Impossível descrever esse lugar, essa atmosfera!


O mosteiro foi construído entre 2 grutas na montanha, em rocha vertical, por monges ortodoxos que fugiram da Bosnia- Herzegovina, no século XVII. Os incríveis frescos foram feitos mais tarde mas inserem se perfeitamente no cenário quase mágico do lugar. Antes de irmos embora, enchemos as nossas garrafas de água abençoado e seguimos caminho até Nikšic, onde tínhamos reservado quarto para a noite pelo booking. Aqui, é a forma mais fácil de encontra lugar para dormir. Consegue-se noite por 18-19 euros, para dois, pagando mesmo no local. O quarto era bastante aceitável, no entanto...ficamos com a sensação que faltavam alguns...acabamentos. Compensou talvez (ou talvez não), pela perfume que foi generosamente borrifado pelos lençóis.




O Pedro, aprendeu uma grande lição: as chaves de Montenegro são feitas de uma liga metálica demasiado fraca para abrirem um “pivo” à “moda cowboy” português.
De manhã, saímos de mansinho (com a devida compensação pela chave partida) e seguimos, rumo as montanhas!



By Silvia

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